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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Importa?

Eu até arrancaria sua roupa agora.
Mas chove tanto lá fora.
E eu esqueci de escovar os dentes.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Lágrimas

Eu pensei em chorar no exato momento em que senti a dor.
Mas esta foi tão atroz, que posterguei o choro para quando ela passasse.
Uma vez passada, quis gozar do alívio. E no gozo, o choro, novamente, não coube.
Quis chorar em noites cálidas de solidão cortante. Mas tive medo do frio congelar as lágrimas.
Quis chorar em dias quentes demais, quando o calor parecia me sufocar. Mas, se as lágrimas iam evaporar, pra que derramá-las?
Quis chorar pra aliviar, pra cansar, pra sentir-me um pouco humana. Mas percebi que a angústia me transforma, que o descanso me mantém em pé... E que, às vezes, ser humana deve ser chato demais.
Queria chorar agora e nem sei porque.
Me ensina?
Ando gastando paredes com meus pensamentos.

Me ajuda a olhar?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Guerra.

Ás vezes tendo a achar que a vida é uma encruzilhada sem fim. Os passos se seguem, os pés caminham e cá estou eu, de volta às mesmas indagações já feitas, sofridas e odiadas. Repudio a idéia de talvez aceitar que a guerra dos sexos realmente existe e que, mesmo a contragosto, eu faço parte de um dos lados da batalha. A recorrente frase "as mulheres são todas iguais" tem um poder fulminante de me tirar do sério. As mulheres não são iguais. São únicas. E, sim, diferentes. Nós analisamos, pensamos e sempre treinamos nossos atos para que os falhos e reflexos não se repitam. E eles não se repetem. Mas a conclusão clara e fácil é de que não adianta, eles podem não se repetir nunca mais, os outros combatentes sempre vão vir com armas letais e perniciosas para desarmar a nossa estratégia. O mundo é sim cruel. Injusto nos dias mais injustos e talvez com os corações mais molinhos. A sensação de nunca saber ao certo o que fazer é angustiante. Faltar o ar, perder o chão e cair mais uma vez. O coração estúpido parece não aprender. Aprende, até. Mas esquece tudo de novo no minuto seguinte. Quase como a memória relâmpago dos peixes. Conclue-se, por conseguinte, que se as mulheres são todas iguais, os homens são todos diferentes.

"AS MÃES E AS GUERRAS
Se dependesse das mães,não haveria querra!Mas as filhas preferem os soldados..."
Mario Quintana

Mas não há como saber se os soldados são inimigos ou aliados sem entrar em guerra com eles.