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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Nosso amor, ecologicamente correto.

O mundo está em crise, meu bem. O mundo não espera. Vamos, nós, no uníssono passo de nossas pernas, tentar preservar o futuro dos filhos que estão por vir. Vamos dividir o chuveiro em constantes banhos conjuntos para economizar água. Eu prometo matar a sede da tua boca com o frescor da minha saliva. Exijo saciar a minha com doses diárias de amor e suor feliz. Veja bem, querido, o que será de nossos filhos se não fizermos isso? Você aceitaria que o fruto da tua carne passasse um dia sedento e remelento sem água por aí? Creio que não. Por isso eu te peço, por maior sacrifício que seja, salve o mundo comigo! Vamos apagar a luz mais cedo e nos descobrir no tato da escuridão. E nas noites iluminadas de lua, deixa eu conferir se é tudo certo, se é de vida feita a tua pele, se é de cor teu coração. Desliga essa televisão e vem viver comigo a nossa novela. Esquece esses filmes de ação. Eu posso te dar a adrenalina das telas. Vamos, amor, vem comigo. As crianças precisam comer. Vamos esquecer os enlatados, os congelados, os fritados (perdoe o neologismo pela licença poética de rimar). Plantemos nossa horta com cuidado e paixão. Nós podemos. Podemos nos alimentar do nosso amor. Cultivemos o pomar do quintal. Vamos brincar de se achar entre as macieiras depois de nos perdermos entre as amoeiras. E vamos criar animais e não vamos nunca comê-los. Sei que você odiaria ter a pele arrancada e a carne ali, entre os dentes inocentes de uma boca ignorante de coisas boas. Só peço isso, meu bem. Entenda, é um amor altruísta esse nosso. Vamos lá, é pelo bem dos guris. É pelo bem deles, amor.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal.

Porque eu adoro luzinhas nas árvores piscando. Porque as pessoas mudam o jeito de olhar. Porque as ruas ficam mais vazias e os restaurantes mais lotados. Porque as pessoas se permitem (pequenos luxos, extravagâncias, mimos e revistas). Porque eu adoro Papai Noel de chocolate. Porque me emociona a pureza dos meus primos que acreditam num velhinho de trenó distribuindo presentes. Porque me acalma o regozijo dos meus tios em serem papais e mamães noéis. Porque me acalenta pensar que alguns desejos de muitas pessoas vão se realizar. Porque se pode ouvir músicas natalinas nos banheiros dos shoppings. Porque todos os programas de televisão se passam no natal. Porque os filmes de Hollywood ficam mais bonitos. Porque o sorriso ocupa todos os rostos. Porque eu não gosto de peru. Porque eu adoro ganhar presente. Porque eu quero sempre montar a árvore. Porque Frank Sinatra cantando "I wish you a Marry Xmas" me deixa inebriadamente feliz. Porque os cachorros passeiam nas ruas de gorrinho vermelho. Porque todas as fantasias giram em torno do natal (até as sexuais, e isso me dá um pouco de medo). Porque me remete aos melhores momentos da minha vida. Porque me permite passar os melhores momentos da minha vida. Porque me faz lembrar o quanto eu posso chorar diante da televisão. Porque me faz esquecer o quão duro esteve meu peito nos últimos tempos. Porque me faz querer cantar. Porque me faz dançar. Porque me faz partilhar. Porque me faz inenarravelmente feliz. É por isso que eu gosto tanto, tanto do natal.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Honored.

Sabe aquele pecado gostoso de cometer em público? Pois é. Um convite repentino de uma mente incessante e interessante me fez sentir vaidade. E é sempre através de palavras que eu gosto de me sentir bonita.

Vejam se fiz bonito: http://blogdesete.blogspot.com/

Claudinha, quando eu te vi pela primeira vez, eu sabia que aqueles cachinhos tinham potencial. Eu acredito em Claudinha.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ode ao prazer.

Pinga.
Pinga aqui no meu copinho.
Sua lágrima salgada de ardor.
Deita.
Deita aqui no meu colinho.
O seu corpo lambuzado de torpor.
Chora.
Chora aqui no meu ombrinho.
Eu posso te curar com meu amor.
Enrosca.
Seu pequeno pescocinho.
No meu peito moreno de calor.
Cola.
Cola aqui o seu rostinho.
Na minha faca afiada de suor.
Suga.
Suga todo esse carinho.
Com seu hálito abafado de horror.
Vem.
Vem cadente, vem suado. Come o meu dobrado, me deita de lado, me joga no telhado e me faz esquecer Conta, assim, sem chiado, o que eu tenho que lembrar. Conta aqui baixinho no meu ouvido. Conta pra mim que eu sou mulher.

(Me joga na parede e me chama de lagartixa. Who knows?)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Eu-lírico (ou a saga de Clarice e Marise)

Com 13 anos:

Clarice: Ai, Marise, você é tudo o que eu desejo ser.
Marise: É, e eu faço tudo o que você quer também. Uso as melhores roupas, sou mais le-gal, apesar do band-aid na testa.

Com 15 anos:

Marise: Ei, Clarice, acorda, querida. A vida taí ó, do seu ladinho e você desperdiçando o tempo em camas de hospital. Levanta logo.
Clarice: Ah, me deixa dormir. Isso tudo tá doendo demais.
Marise sai de férias.

Com 18 anos:

Clarice: Ei, Marise, eu sei que você tava de férias mas acho que você tá exagerando na dose. Me deixa voltar.
Marise estava "alta" demais pra responder. Fechou a porta e deixou a Clarice pra fora.

Com 20 anos:

Clarice: Marise, você vai sair?
Marise: Vou! E prometo me divertir por você.
Marise saía. Clarice quase sempre ficava em casa.

Com 21:

Marise: Cla, você tá trabalhando demais.
Clarice: Quero férias.
Marise: Ah, eu quero praia-sol-mar-breja-e-amigas. Tem como dar errado?
Clarice: Não! Me leva com você?

E ao longo dos anos elas se fizeram companhia e se odiaram. Elas vão viajar juntas pra Itacaré. Elas vão se tornar uma só.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Tem uma música que diz assim ó

"Something's glistening im my imagination
Motivating something close to breaking the law
Wait a mo before you take me down to the station
I've never known a one who'd make me suicidal before

He was so beautiful, but oh so boring
I'm wondering what was I doing there
So beautiful, but oh so boring
I'm wondering if any out there really cares (...) "


Como diria um sábio muito sábio da terra dos sábios, por fora bela viola, por dentro pão bolorento. A-do-ro ditos populares.