quarta-feira, 16 de julho de 2008

Guerra.

Ás vezes tendo a achar que a vida é uma encruzilhada sem fim. Os passos se seguem, os pés caminham e cá estou eu, de volta às mesmas indagações já feitas, sofridas e odiadas. Repudio a idéia de talvez aceitar que a guerra dos sexos realmente existe e que, mesmo a contragosto, eu faço parte de um dos lados da batalha. A recorrente frase "as mulheres são todas iguais" tem um poder fulminante de me tirar do sério. As mulheres não são iguais. São únicas. E, sim, diferentes. Nós analisamos, pensamos e sempre treinamos nossos atos para que os falhos e reflexos não se repitam. E eles não se repetem. Mas a conclusão clara e fácil é de que não adianta, eles podem não se repetir nunca mais, os outros combatentes sempre vão vir com armas letais e perniciosas para desarmar a nossa estratégia. O mundo é sim cruel. Injusto nos dias mais injustos e talvez com os corações mais molinhos. A sensação de nunca saber ao certo o que fazer é angustiante. Faltar o ar, perder o chão e cair mais uma vez. O coração estúpido parece não aprender. Aprende, até. Mas esquece tudo de novo no minuto seguinte. Quase como a memória relâmpago dos peixes. Conclue-se, por conseguinte, que se as mulheres são todas iguais, os homens são todos diferentes.

"AS MÃES E AS GUERRAS
Se dependesse das mães,não haveria querra!Mas as filhas preferem os soldados..."
Mario Quintana

Mas não há como saber se os soldados são inimigos ou aliados sem entrar em guerra com eles.

2 comentários:

Max Rota disse...

Eu, como combatente do outro lado, devo reconhecer que é um texto muito, muito bom. Gostei bastante. E sendo homem, por vezes tão diferente, tendo a ter um coração igual ao seu.

.mãos coloridas disse...

meu coração tem a memória de um peixe.
adorei o texto, a força.