sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ms

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..." - Chico sempre tem toda razão. Mas não interessa como nos sentimos, o dever chama e temos que acordar, ver um céu azul e trabalhar. Produzir é o real prazer dessa arte? Talvez. Mas as peculiaridades de um ambiente são o que sempre o tornam interessante. Em meio a baias, portas que só se abrem com o passe mágico de um cartão, um chão que treme com meus passos pesados e umas garrafinhas de água que, juro, têm um gosto horrível de plástico, as minhas horas na Thomson (não ThomPson) Reuters (que sim, se fala roiters) são deliciosas pela presença dos Ms. Um M ao lado. Um M longe. Hei de admitir que ambos, sim, ambos foram muito difícies de conquistar. Mas ah... o exercício da conquista é sempre excitante. Toda vez que eu me sinto como que morrida, dilacerada, eu levanto com a certeza de que vai ter alguém do meu lado que sempre se admira com as minhas perguntas (não por serem instigantes, mas por serem óbvias), mas que sempre me ensina tudo com a maior paciência do mundo. Que me emprestava R$3,25 pro cigarro quando eu não tinha nem R$0,01, que divide o molho da salada comigo, que me abraça quando me vê chorar, que tem lapsos súbitos de amor por mim, mas sempre que pode, me repudia porque sabe que assim vou amá-lo mais e mais. Ele gosta de coca quente (ou será pepsi?), tem umas idéias malucas que eu sempre tento demover, chama o Chico de bicha toda vez que eu insisto em fazê-lo ouvir uma música no final do dia e tem uma visão pessimista das coisas bem oposta a minha. Mas ele colore os meus dias. Faz magia das nossas horas e torna toda a convivência em momentos quentinhos de bolo quente com café. Ele me faz querer ser melhor e trabalha meu lado mais altruísta.
Tem um M lááaa longe que dia desses eu descobri que não tinha ido tanto com a minha cara assim. Mas fui ler em seu blog um post sobre a Gi e tinha um comentário falando que as amizades dela sempre começam com esse ar de "não-fui-com-a-tua-cara". Sinceramente, não sei quando começou a ir, mas hoje é uma coisa de bonds e música que faz feliz e acalma o coração. Ela me dá uma segurança de estar ali do outro lado, da certeza de que eu posso chorar só 5 minutinhos no elevador, de segredar coisas no corredor e de palavras soltas, de cabelos ao vento e mãos coloridas, que me remetem ao melhor que eu já fui e ao melhor que posso ser. Com ela, de fato, o mundo é uma cápsula quentinha e feliz.
Eles me fazem voar e eu adoro a sensação dos meus pés fora do chão.
Mi e Max, vocês me fazem querer ser melhor. Vocês são o vale a pena de todo dia.

Um comentário:

Max Rota disse...

Clérisse, você tb vale muito mais que 2100 e uns vales-refeição! Valeu, moça!