terça-feira, 30 de dezembro de 2008
No final.
Eu vou ainda vou duvidar e desacreditar e testar e querer. Depois do cansaço, eu nos quero fortalecidos. Eu vou jogar copos, bebidas e venenos. Eu vou te esconjurar. Depois do perdão, eu nos quero renascidos. Eu vou subir na mesa, tirar minha sandália, dançar até perder e gastar o meu sapato. Depois de todo o desgaste, eu nos quero renovados. Eu vou quebrar pratos, vasos, patos, gatos e até seu coração. Depois de todo o estrago, eu te espero consertado. Eu vou morder, lamber, untar, gozar, perder. Depois de todo o pecado, eu nos quero perdoados. E vão tentar. E por vezes conseguir. Mas antes da separação, nos espero inseparáveis. Eu pra sempre vou omitir, trair, permitir, fugir. Eu sempre serei insegura. E depois de todas as lágrimas, eu te espero imaculada. E no final do ato 5, eu nos quero imutáveis. E na tomada 4, eu nos quero infindáveis. Eu não acredito, eu repudio. Mas nos quero confiáveis. Vc longe, eu perto. E nos quero tangíveis. Eu burra, vc vazio. E nos quero pensáveis. Na exaustão das minhas letras mal escritas, quero você pedaço de mim. No final, eu não te espero mais. Mas continuo na cama.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Natal.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Daquelas coisas que eu não sei lidar bem.
com uma força bruta
que não entendo bem."
(porque eu fico aqui sem palavras e nesses momentos Zeca fala melhor por mim)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Jeans.
Recebi ontem seu embrulho, mas não tive tempo de abrir. Corri e na exaustão que é digna das noites, rasguei o papel de seda. E perdi a voz. Não tinha rispidez. Tava com a cor desbotada que só os anos colorem. Tinha aquele cheiro de adrenalina tão característico dos sonhos bem vividos. Perdi o som. Abri a imponente porta do armário e joguei com repúdio todos os ternos no chão. Arranquei com desdém aqueles casacos pomposos do cabide. Nada diziam com aquele jeito de perfumes importados e sapatos comportados. Aqueles braços polidos que um dia os vestiram estavam nus de vergonha. Nus de lágrimas. E eu sentei naquele carpete engomado e a retirei do embrulho. Parecia que gostava da cena passional que se passava ali naquelas paredes de meia luz. Guardava meus segredos em meio a matizes de azul. E eu perdi as estribeiras, quebrei cadeiras e bati nos espelhos de água dos copos. Essas diretrizes que nada tinham haver com aquele pacote me violentaram naquela janela de luz. E nada mais se dizia. Borrei aqueles olhos pincelados de escudo. Busquei nos bolsos motivos de ratificação. Achei aquele bilhete primaveril que você me deu no inverno passado. E minhas lágrimas quase apagaram a “felicidade de borboletas no estômago” escrita com lápis de cor. E achei nossa moeda velha de apostas e me senti abraçada por todo aquele desgaste. E antes de abotoar os botões, nosso cheiro me ensurdeceu num grito de saudade. E vi ali, naquele corredor sem fim, que eu não quero mais o golden dream. Eu acredito mesmo é em jaqueta jeans. E me emociona encontrar alguém com uma e são nessas pessoas que eu confio. Obrigada por me tornar confiável. Obrigada por me devolver a minha velha jaqueta jeans.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
recado de batom no espelho
And don't forget to remove your fingerprints from my hips.