segunda-feira, 3 de novembro de 2008

não tem fim.

Ontem eu fui ao cinema e não quis levantar quando o filme acabou. Os créditos finais me jogaram numa parede cálida e fria de solidão. Eu não queria que acabasse, eu não queria sair dali. Fiquei sentada, esperando a próxima sessão até o segurança me pedir para que eu me retirasse. Cheguei em casa e liguei o rádio. Tocava "full for your loving no more" e quando acabou eu me senti mal, mas não podia repetir a canção. E todo fim, pra mim, é assim. Independe de ser bom ou ruim, eu me sinto um filhote acuado, eu quero voltar, eu sangro. Eu tenho medo dessa felicidade não sabida, dessa tristeza velada me esperando na esquina. Odeio o dia seguinte. Por isso eu deixo pedaços no prato, esqueço sapatos e finjo não esquecer. Eu tenho medo. Eu me prendo com algemas, me martirizo com pensamentos e sofro. Eu não sei terminar, eu não sei despertar. Eu viajo e não quero voltar. Eu sonho e abomino o acordar. Eu me perco. Todo final me encharca de desespero. Mesmo ébria de certezas, eu não sei. Não sei mais o que vai ser de mim.

3 comentários:

Aislin Nahimana disse...

Humm... entendo bem essa sensação... já assisti a um filme em que me senti da mesma forma...

gostei do seu blog, bjosss!!!
http://aislinnahimana.blogger.com.br

Márcia disse...

Sim, entendo seu sentimento, volta e meia me pego sentindo assim...

lindo dia flor
beijos

Rebeca Rocha disse...

vontade de tornar tudo eterno. etéreo. Já tive essa vontade também.. =] adoro aqui. Beijos!