quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Água

E tem horas que a gente se sente assim. As veias azuis saltam a testa, sobe um bolo de pêlo pela garganta, a voz desafina. Uma espécie de afogamento interno. Evitando a morte, as lágrimas brotam sem permissão. Você luta contra elas, mas é pior. A pele se tonifica num vermelho-vergonha e tudo muda. Malditas veias entregadoras. Se o corpo não fosse 80% água, eu choraria pedras agora.

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